segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

E eu, que sou tão apegada a datas, sinto ao lembrar desta:

amanhã faz 1 mês.

Ainda estou aqui, do mesmo jeito de antes.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Waiting for the sun...

Não sofro, mas meu coração espera.

Não tenho chorado, o que é bom, mas meus olhos ardem pela ausência de liquidez.

Espero, como quem espera um filho amado.

Um filho pródigo, que voltará para os braços de sua mãe, ao perceber que seu lar é ali, ao lado dela? Não sei, mas espero.

Sou assim.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

More Than I Could Stand

Está impossível...

Minha cabeça tem girado e doído como se um liquidificador sacudisse tudo por dentro.

Não tenho aguentado nada. Trabalhar está chato, ver tv está chato, ficar na internet até tarde não tem mais a menor graça...

Não quero mais conversar com ninguém... Chego em casa, tomo um banho e vou dormir, na maioria das vezes.

Essa semana acabou. Foi a primeira semana e a mais longa do ano.

Queria que o tempo passasse mais rápido ainda, que tudo isso (a dor, o sofrimento, a vida) acabasse............

Não aguento mais. Não consigo.

Quero ligar e pedir pra ele voltar, que eu não me importo, que pode ser a milésima vez, que eu amo tanto....

E não consigo porque "não muda nada"!!!

Meu Deus, me ajuda a suportar.

São frases soltas e sem sentido. Eu disse que seria assim.


** Update: falo como uma deprimida com tendências ao suicídio. Não é isso, é apenas DOR. Dói pra caralho, dói como um corte profundo, talhado abaixo dos músculos e sem anestesia. É uma dor que beira ao desumano. Mas não vou me matar. Viver ainda deve valer alguma coisa (que eu ainda não sei o quê)...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

DOR

Eu não tenho mais um coração.

Tenho um buraco negro, profundo, onde tento esconder qualquer vestígio de qualquer coisa que eu não sei o que é.

Tenho o inominável.

Eu sinto dor, sinto toda a dor, a mais absoluta dor que um corpo pode suportar.

Não sinto meus pés, não sinto meus braços, sinto apenas o buraco que me consome de dentro pra fora, que suga minha alma e me perde. Nele e em mim.

Talvez eu entenda, talvez eu supere. Talvez? Não...

Eu perdi. Perdi toda e qualquer possibilidade de ser feliz e de acreditar que o amor que sempre defendi, que sempre me alimentou, ainda existe.

Qualquer coisa que eu diga não faz sentido. Qualquer palavra que eu ouça, daqui pra frente, não fará sentido algum, como não faz sentido ouvir "eu te amo" quando se é abandonado.

O amor da minha vida, de toda a minha vida, até o fim dos meus dias... o único homem que eu amei com o corpo e com a alma, com cada minúscula parte da menor parte de cada célula miserável de mim... eu perdi.

Todas as lágrimas, toda a angústia, todo o desassossego de um fantasma errante estão em mim. E eu não tenho para onde fugir, a não ser para o buraco negro e profundo, permanente e indissolúvel bem no meio do meu peito.

Eu morri quando você me deixou, meu amor. Para sempre, eu morri.

"Perguntei-me quanto tempo aquilo ia durar. Talvez um dia, anos mais tarde - se a dor diminuísse a um ponto que eu pudesse suportar -, eu fosse capaz de olhar o passado, aqueles poucos meses que sempre seriam os melhores de minha vida. E, se fosse possível que a dor se atenuasse o suficiente para me permitir isso, eu tinha certeza de que me sentiria grata pelo tanto que ele me dera. Fora mais do que eu pedira, mais do que eu merecia. Talvez um dia eu conseguisse ver os fatos desse modo.

Mas e se o buraco jamais melhorasse? Se as bordas feridas nunca se curassem? Se os danos fossem permanentes e irreversíveis?"


domingo, 20 de novembro de 2011

The Lion or the Lamb?

"And so the Lion fell in love with the Lamb..."

"What a stupid Lamb!"

"What a sick, masochistic Lion..."

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Possibilidades

Seria, poderia, deveria?

Acredito que não. E o que nos impede? Ética! Moral? Não é universal, é particular.

Minha moral independe da sua, embora sob o mesmo contexto.

Quero. Posso? Devo?

Posso! Desde que queira! Devo, desde que deseje.

Vontade? Dá e passa. Passa? Ou tem que dar mais?

Vontade.

Dá e passa....

Ou tem que dar mais. Vontade.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Desire

"Amor é fogo que arde sem se ver". Balela.

No meu caso, o amor é um fogo do cão e arde em tudo quanto é canto do corpo.

Aliás, relativamente.

Num passado distante eu nem cogitaria a possibilidade de não atrelar amor ao sexo. Hoje as coisas são muito diferentes.

Eu consigo compreender quando dizem que alguns meninos dizem que alguém disse: "sexo é uma coisa, amor é outra beeeem diferente".

Tesão. Tesão você sente por um corpo, por uma idéia, por uma possibilidade de satisfação sexual imediatamente incontrolável.

Amor você sente por uma pessoa. Por um futuro, por conquistas em parceria, por filhos que vocês ainda não tiveram...

Complicado.

Eu gosto daquela música da Rita Lee (letra do Jabor) porque explica de um jeito bem bacana essa antítese e a necessidade da fusão entre o amor e o sexo...

"Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes
Amor depois

Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora..."

Se der pra conciliar as duas coisas é a perfeição, não?

É, vou dormir... SOZINHA :)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pó de Pirlimpimpim

Era tudo o que eu queria...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

10 + 4 + 10 + 11 = 7

Dez, em dia de São Francisco...

Só peço suas bênçãos!

"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz...

Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado
Compreender, que ser compreeendido
Amar, que ser amado
Pois é dando, que se recebe
É perdoando, que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna..."

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Running In Circles

Eu estou andando em círculos.

Correndo em círculos. E, por isso mesmo, estou cansada.

Não consigo dar passos à frente. Não saio do lugar. Estou cansada de não sair do lugar.

Acordo buscando inspiração, tento colocar em prática e em palavras a motivação que deveria ter. E não tenho.

Não tenho motivação, não tenho tempo. Tenho apenas um caminho tortuoso e infinito.

Caminho circular.

E estou correndo.

sábado, 3 de setembro de 2011

9 meses

E nasceu!

- Será que sobrevive?

- Pra mim, parece forte.

- Nossa, é a cara do pai!

- Acho mais parecido com a mãe...

- Tão mirradinho, coitado...

- Ah, você tá exagerando... olha que meninão!

- Não sei, não sei... ainda precisa de cuidados.

- Nisso você tem razão. É como se tivesse nascido prematuro. Saudável, mas prematuro... sempre vai precisar de mais cuidado que os outros.

- Espero que seja feliz.

- Espero que traga felicidade.

- Nasceu... e é lindo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Roleta Russa

Arrisquei tudo. Lancei os dados.

Estou esperando a roleta parar de girar.

É que eu não queria puxar o gatilho....

Já me sinto morta.

Perdi.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Pieces

Meu coração ficou/está em pedaços...

RIP, Flower.

sábado, 11 de junho de 2011

AFF

Esses meus corretores me matam....

Fico pensando se existe povo mais folgado, que não gosta de trabalhar, ou de fazer o mínimo esforço para "parecer" que gosta!

Trabalhar no fim de semana? Eu? Imagina... tenho N coisas pra fazer, tenho que cuidar da minha casa, do meu namorado que veio da casa do caralho pra passar o fim de semana comigo, e blá, blá, blá....

Parece que vai cair um pedaço da perna ou do braço se ficar aqui nessa caca de feirão depois do meio-dia!

É EVIDENTE que estou ODIANDO passar o fim de semana trabalhando. É claro que preferia estar em casa, de boa, vendo Estrelas ou Caldeirão do Huck. Mas se TENHO que ficar aqui, pelo menos que eu fique e mostre alguma serventia, porra!



É só um (mais um) desabafo...



Bom "fim de semana"....

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Uma mulher com uma ideia

Prezados, boa tarde!

Inicio esse post como quem escreve um e-mail para corretores, porque habituei-me a começar dessa forma. Acredito que, em breve, direi "prezado, boa tarde!", ao cumprimentar um amigo na rua.

Claro que não usarei a maldita frase: "venho por meio deste".

Mas ando tão forçadamente formal que é quase uma obrigação ser parte do sistema e das criaturas que iniciam seus textos virtuais com tal aberração.

Estou com dor de cabeça. Isso, pra variar, é minha rotina diária. É uma rotina principalmente das segundas-feiras.

Preciso consultar um neurologista. Já fui ao oftalmo, que garantiu que minha miopia e meu astigmatismo estacionaram há 3 anos. Ou seja, o problema é nos miolos mesmo.

É uma dor incômoda, que vem de trás da cabeça e dói em cima do olho direito. Às vezes dói em cima do olho esquerdo também. Outras vezes, dói em cima dos dois ao mesmo tempo. Ela está acompanhada quase sempre de uma ânsia profunda. De vômito.

Deve ser enxaqueca, eu acho. Ou um aneurisma básico.

A questão é que eu quase não tenho motivo pra sentir dor de cabeça..... né? :)

domingo, 8 de maio de 2011

Jacasenses e Tocas de Coelhos

Ah, eu sou foda!

Como tenho a capacidade única de esmagar com meu pezinho 35 as flores do jardim alheio....

A pessoa vai lá, planta, aduba, rega.... vê a florzinha crescer.... e eu entro toda estabanada, toda Jaca, pulando e tagarelando sem parar.

Depois de estourar as próprias cordas vocais e de perceber um olhar fulminante na direção dos meus sapatos, atento-me ao solo e vejo ali, já sem qualquer vestígio de saúde, uma bela plantinha completamente destruída pelo meu peso sobrehumano.

Ainda fico sem graça, tento justificar que não foi intencional... Mas ao invés de sair e parar de causar danos, quanto mais me esquivo, mais vou pisando nas outras flores atrás de mim.

Ao final da cena, tenho um jardim INTEIRO massacrado pela minha completa imperícia e falta de noção do ridículo.

O fato é que jamais serei a jardineira, a paisagista. Serei sempre aquela porra de vizinha incoveniente, que entra para atrapalhar um momento de instrospecção, de revelações ou simbolismos os quais nunca entenderei...

Serei quem convida os amigos pra jantar em casa e ouve um "fica pra próxima, já temos compromisso", apenas pela notável falta de sensibilidade, já que esmago a droga da plantinha desses mesmo amigos e não me dou ao trabalho nem de pedir desculpas!

Será que há cura pra essa doença chamada Jacasense?

Quem souber, peço humilde e esperançosamente que me avise!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Nooooooooooooooooooossa, como eu AMO!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Trabalho de Conclusão de Curso

E acreditam que a saga do meu TCC continua? Sim! Eu ainda NÃO entreguei! Só de pensar que junho é meu ultimato para a matrícula e entrega dessa moléstia, sinto meus nervos enrijecendo dentro do corpo, e uma dor profunda na cabeça. Entregar esse TCC pra mim é quase como morrer. Enquanto não entregá-lo, sertir-me-ei viva. Depois... só Deus sabe. Não sei se, inconscientemente, quero ter um vínculo eterno com a faculdade. O problema é que não foi um período lá muito feliz, então eu deveria fugir daquele ambiente o quanto antes! Esse vínculo eterno tem dia e hora pra acabar. Ou me matriculo em junho e defendo minha tese em dezembro, ou.... perco o direito de me formar na ECA. Simples assim: morro duas vezes.

domingo, 3 de abril de 2011

Let It Be.

Deixa eu te amar... Deixa eu amar seu corpo, sua alma, amar quem você é, como você é e o quê você é! Deixa? Deixa eu amar sua essência, sua calma, amar sua beleza, amar seus defeitos e seu nada... Me deixa. Permite. Permita. Se.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Think about it.

Estava aqui, sem pensar em nada, trabalhando, zapeando, tentando achar alguma coisa um pouco mais útil para fazer. Encontrei algumas matérias sobre o suicídio da atriz e escritora Cibele Dorsa, conhecida como a "Cindy Crawford brasileira". Não entendi, mas a tal notícia mexeu comigo. Primeiro fiquei surpresa, depois um tanto assustada. Moça jovem (36 anos), com dois filhos entrando na adolescência, sobrevivente de um acidente de carro, em que seu melhor amigo acabou falecendo... E abalada psicologicamente pela perda, no início do ano, daquele a quem ela chamou de "o melhor homem que já conheci em vida". Com 27 anos e de casamento marcado, o rapaz se atirou da janela do 7º andar do prédio em que morava com Cibele. A mesma janela da qual ela, em menos de 3 meses, também se jogaria. Para "reencontrar" o seu amor. Amor que denominou como o de um "Romeu e Julieta pós-moderno". E é aí, amigo que porventura lê este blog, que eu pergunto: por quê? Não sei se é a pergunta correta. Sei menos ainda se existem respostas para ela. Não me entendo com a necessidade de saber. Mas por quê a morte andou tão perto dela, sem ceifá-la antes que a sua própria vontade o fizesse? Por quê esse amor meio louco, meio descontrolado, por um cara que tinha problema com drogas e com quem vivia se desentendendo (ok, essas coisas não têm explicação mesmo...)? Por quê esquecer tudo e morrer em nome desse amor? Já ouviram falar em "mal do século"? Sim, foi o mal do século passado. Mas também é desse e muito possivelmente será dos outros, e dos outros... Foi pauta de uma conversa nesse final de semana. E foi tema de muitas outras conversas ao longo de vários anos, na mesa do almoço. Não sei se é isso que norteia o tal caso da Cibele Dorsa. Não vejo, no entanto, outra explicação. Alguém cujo desespero é tamanho, a ponto de atirar-se da varanda de casa rumo à morte, não pode padecer de outro mal que não esse. Minhas explicações aqui estão longe da psicologia ou da psiquiatria. São meramente presenciais. Fui testemunha e vítima desse mal. Consegui perceber o quanto é corrosivo. E muitas vezes letal. Mas continuo essa prosa num outro post, porque agora eu necessito é dos braços macios de Morpheus.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Changes

Eu precisava daquele chacoalhão.

Pra sentir mais prazer no que faço hoje...

Meu ritmo já não era o mesmo, eu estava voltando ao nada que havia me tornado tempos atrás.

Sobre outro assunto: não sei se ajo certo sempre... aliás, acho que ajo errado sempre. Mas um dia eu hei de conseguir fazer a coisa certa e sentir dentro de mim a paz e a segurança que busquei...

Não sei... tempos de reflexão?

domingo, 20 de março de 2011

Reencontro

Foram três meses de distância.

Sem voz, sem presença, sem cheiro, sem lembranças...

Foram três meses de um vazio natural, que todo fim provoca. Não um vazio existencial ou um vazio na alma, mas aquele vazio necessário, que traz certa paz num momento de turbulência.

Eu não sabia o que esperar. Também não sabia o que esperavam de mim... não sabia qual seria a minha reação e também não sabia como iriam reagir comigo. O que eu queria mesmo era saber o que fazer. Claro que fiquei nervosa. É claro que tremi na base. É óbvio que eu imaginei mil coisas, mil palavras, mil silêncios valiosos....

E eu acreditei que tudo o que me aguardava era uma frieza de congelar.

Mas eu não conheci um homem, apenas. Eu conheci, há 5 anos, um anjo. Alguém especial, alguém que eu gostaria de guardar na lembrança e no coração pra sempre. Eu conheci alguém que faz juz à expressão gentleman. E um exemplo de civilidade, de educação, de amor ao ser humano. Um exemplo de humildade, de inocência, de decência.

E é por isso que minha mãe é tão apaixonada por ele. É por isso, por esse comportamento tão digno, que ele merece ser muito feliz.

Ontem foi um dia importante para definir que, verdadeiramente, eu sempre estive certa: tenho um grande amigo. Um grande amor, dedicado a um grande irmão.

sábado, 12 de março de 2011

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Bueiro

Vontade insana de me enfiar num bueiro enorme e sentir que aquela água imunda está me levando para longe daqui.

Estou sensível pra caraaaalho!!!

Não consigo nem desabafar direito, vai se foder...

Tô tão cansada....

quarta-feira, 2 de março de 2011

Flowers in my head

É tão bom que faz com que eu me veja como se estivesse fora do meu corpo.

E é tão intenso que afoga todas as outras emoções e sentimentos num oceano de amor.

Um amor louco, lindo, imenso e com tendências à eternidade.

Um amor que espera e que insiste. E que supera. E vence.

Sobretudo sincero. Sobretudo e simplesmente, AMOR.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pintura

És como pintura.

Aquarela... pintura leve e sutil. Suave como o toque de tuas mãos.

Sorriso de Monalisa: indecifrável, misterioso. Meio-sorriso.

Ouvir teu silêncio me enche de paz. Teus olhos serenos conseguem fitar minh'alma.

Sou admiradora de teus traços, tua pele, teu semblante de anjo celeste...

Miro tua imagem com devoção, como quem está diante de uma face sagrada.

És um Davi. Não porque és perfeitamente belo, mas porque fostes esculpido pelas mãos de Deus. Fostes esculpido para que teu peito abrigue perfeitamente o meu amor.

Fostes feito para que dentro de mim coubesse a grandeza de quem tu és.

E tu és pintura. Clássica. Sacra. És obra de arte.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sem Título

Eu não gostaria de tê-lo aos meus pés. Não sou assim.

Não penso em submissão, sob qualquer hipótese, de nenhuma das partes envolvidas nesse processo.

Penso apenas em algo diferente. Penso num envolvimento sem marcas, sem lembranças, sem passado. Tudo o que faz desse momento o que ele verdadeiramente é hoje ficaria trancado em alguma gaveta. A ser aberta num futuro longínquo, para que não corrêssemos o risco de que cicatrizes fossem reabertas.

O grande mal é que houve um passado com cicatrizes. Houve expectativas, houve muito sentimento guardado, esperando a oportunidade de ser exposto.

Hoje todo esse sentimento guardado vem talvez com gosto de "cobrança". Eu me cobro e eu cobro muito. A mim, a "outrem".

Fato é que nunca nada foi-me prometido. Então por que é que eu espero tanto? Espero tudo, e espero em demasia.... quero cheiro, quero toque, quero pele, quero abraço, quero apenas um telefonema... "você está bem?", é o que eu quero. Por que é que eu não tenho? É tanto? Penso que pode ser, em se tratando de quem se trata. Mas não é, sabem? A verdade é que nunca foi muito.

Posso "cobrar"? Não posso! Quem sou eu? O que sou eu? Sou alguém que, de vez em quando, parece fazer alguma diferença. E isso mata. Mata sentimentos guardados, mata esperanças. Será que mata o amor? Será que mata almas?

Eu ainda penso demais nas coisas... por que eu penso tanto nas coisas, meu Deus?

Ronaldo se despediu hoje do futebol. Eu ainda sinto muito. E sentirei absurdamente por muito tempo. Tavez coisas assim importem mais que o meu sentimento guardado e a minha dificuldade em expressar amor ou desejos. Ou até minha expressão exagerada demais de todas essas coisas.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Wondering Now

Não estou legal.

Esses dias não estão sendo dos mais fáceis.

No trabalho, na vida, em tudo!

Tenho dúvidas, tenho cansaços, tenho rompantes e frases e decisões e outras coisas tão desnecessárias...

A verdade é que eu ainda quero mais do que posso ter. E isso envolve todas as situações em que me encontro. Isso envolve além do que posso entender.

Ah, deixa pra lá... estou confusa demais pra tentar ser compreensível, ou ao menos coerente com meus próprios pensamentos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

ELE

"@FrasesdeClarice Quando se sente amor, tem-se uma funda ansiedade. É como se eu risse e chorasse ao mesmo tempo. E vem o medo, que essa felicidade não dure."

"Amor" é um sentimento estranho. Por infinitas que sejam as tentativas de mensurá-lo ou descrevê-lo, torna-se praticamente impossível não cair em clichês, obviedades, lugares-comuns. A impressão que se tem é que o amor é a única "coisa" realmente inexplicável nesse mundo.

Não tenho a mínima prentensão - por isso mesmo - de explicar (ou entender) o amor. Nem o dos outros, muito menos ainda o meu. O caso aqui é de mera curiosidade com relação às reações. Físicas, psíquicas, espirituais... Sou uma grande curiosa quanto ao amor transformador, o amor vital. Aquele amor que te faz suar frio. Que te esquenta o corpo e te faz sentir febre. Que muda o seu jeito de ver as pessoas. Que te faz se fechar numa casca. Que te liberta. Que cura e adoece. O amor que te deixa sem palavras. O amor metalinguístico e mudo.

Seu corpo fala. Cada poro e cada vaso sanguínio falam. Sua alma tagarela. Só seus lábios não emitem som algum. Cada palavra que explode dentro de você desaparece no caminho entre o coração e a boca. Não há controle. Não há domínio. Você já não existe por si. Você quer ser além. Você deseja ser (d)o outro. Extensão. Parte e todo.

E é uma alegria tão grande que gera medo. É tão divino que arrasa. É tão incomum e banal que surpreende.

São opostos, eu acho. Amante da língua Portuguesa que sou, posso dizer que o amor é a "hipérbole paradoxal" mais impressionante que conheço. Ou ainda um grande "paradoxo hiperbólico" (e nesse caso, sendo inexata, a ordem dos fatores altera completamente o produto). É toda uma loucura reunida e caótica. É um abismo particular. Aquele lá, em que sempre desejei cair de cabeça, de braços, de pernas, de tudo.

Conscientemente me mata de pavor. Mas eu ando tão inconsciente!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Não disse???

Há!

Shit!

Eu SEMPRE faço merda quando escrevo algum e-mail de cabeça quente.

Depois ouço outra tonelada de merdas e fico pior!

Mas quem manda procurar?

"Artista é o caralho! É o caralho!"

Sem mais. Agradecimentos aos envolvidos.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Summer Soul Festival

Vamos falar de festivais. Aliás, vou falar do primeiro a que estive presente e, sem dúvida, do MEU show do ano. Vamos falar de Amy Winehouse.

Na abertura do Summer Soul em SP (que qse ninguém citou): Miranda Kassin & André Frateschi. Chamaram a responsa pra si e fizeram uma abertura MUITO digna, com direito à versão de "Toxic", da Britney Spears, com levada Soul. DEMAIS! Os caras (e sua banda corretíssima, com vocais incríveis) fizeram de tudo... levantaram a galera com covers de Doors, Bowie, Depeche Mode, Ed Cobb (Tainted Love, q eu adoro na voz do Marilyn Manson)... Não sabia q além de bom ator, o Frateschi tb tem aquele puta vozeirão!

Depois veio a banda Instituto (até então completamente desconhecida por mim) e trouxe um mix de black music com elementos de hip hop, rap, soul, funk e eletrônico. Thalma de Freitas (tb atriz), Céu e Emicida fizeram participações. Sinceramente, depois de ter me acabado de dançar com a banda do Frateschi, curti mesmo o Emicida (outro de quem eu só tinha ouvido falar). O cara é ÓTIMO e deu uma animada em quem estava mais paradão...

Depois veio o MARAVILHOSO Mayer Hawthorne e suas baladas doces, dançantes, sensuais e - piada interna - de striptease! Fiquei várias vezes emocionada e querendo abraçar ursinhos imaginários durante o show desse nerd (adoooro) dono de uma das vozes masculinas mais gostosas que já ouvi!

Estava me sentindo em um show próprio da Motown... e então ela veio ao som de "I Want You Back". O apelido "furacão" não é suficiente. Janelle Monáe é ALGO. Uma cantora excepcional, em total ascensão, com presença de palco e interação com a banda e público de deixar a Arena Anhembi de boca aberta.

Ouvi comentários do tipo: 'nossa, mas ela grita demais!', ou 'ah, não conheço nenhuma música dessa menina', ou 'Me poupe! Ela vai pintar um quadro no palco? Cai fora, eu quero é a Amy!'... mas ao encarnar um espírito meio Jimi Hendrix, meio James Brown, meio Micheal (ela até dançou Moonwalk e eu quase caí dura no chão!), meio nada disso e SIMPLESMENTE Janelle, a galera pirou.

O show todo parecia um musical da Broadway. Em sua última canção, "Come Alive", a garota balançou e pulou tanto que desmanchou seu famoso topete. Descabelada e com olhos arregalados, Monáe saiu de cena como alguém que voltará logo, para quebrar tudo e ser a atração principal de mais um show inesquecível!

Cansada, com os pés doloridos até não poder mais, faminta e sedenta, esperei. Esperamos. Ansiosamente. Teve gente que achou que choveria. Eu disse desde o início que não ia chover. Teve gente que achou que ela não viria... Houve atraso, empurra-empurra, lágrimas aos litros. E houve uma Amy sorridente, simpática, emocionada (qse chorou ao ver todas as mãos erguidas e ao ouvir um coro afinadíssimo acompanhando a sua perfeita 'Back to Black'), espirituosa... Amy. Sobretudo uma Amy supreendente que cantou minha 'Wake Up Alone' (não havia cantado nos outros shows) e não errou a letra de 'Boulevard Of My Broken Dreams'. Música inspiradora, aliás.

Imagino que o show não deva ter agradado a todos. Pelo atraso, pela estrutura porca da Arena, pelo valor obsceno das comidas e bebidas, porque muitos estavam ali por uma "Rehab" ou, no máximo, por uma "You Know I'm No Good"...mas, pra mim, ao fim do show eu só pude olhar pro céu e dizer: "obrigada Deus! Estou viva pra ver isso hoje e moro em São Paulo, onde a divina Amy fez o melhor show da sua turnê!".

sábado, 15 de janeiro de 2011

A Hora da Estrela

"Nunca pensei em como morreria..."

Eu JAMAIS me importei de que forma ou em que época se daria o meu fim. Não se trata de hipocrisia ou de desapego à vida, mas e tão somente de uma despreocupação despretensiosa, ou de um imaginário pueril que sempre me levou para outros mundos que não este.

Essa semana, porém, eu estive perto de um "fim". Se não um fim definitivo, um fim de mim em mim mesma.

Passamos, nós, pessoas, por coisas diversas ao longo dos dias. Bonitas, intrigantes, horríveis, tristes. E passamos. Foi o que se deu comigo. Sofri um assalto em frente ao trabalho.

(Qualquer pessoa normal chegaria até aqui e se perguntaria: 'nossa, pra quê tudo isso? Só pra dizer que foi assaltada? Que boba!')

Levaram meu carro - sim, meu lindo golzinho vermelho que um dia, cheia de alegria e orgulho eu confidenciei aqui ter adquirido -, minha bolsa, meus documentos, meus telefones, meus cds, meus sapatos, minha roupa do ballet, minhas sapatilhas. Minha sapinha. Minhas notas de pedágio. Meu guarda-chuva. Minha vida cor-de-rosa. Minhas lembranças com aquele carro. Meu brilho nos olhos.

Me deixaram descalça e despida de sonhos. Me apontaram armas. Pra mim, que não gosto nem de matar baratas. Não entendi. Não entendo.

Acharam meu carro. Feio. Não era mais meu lindo golzinho vermelho. Era um carro qualquer, sujo de lama. De pegadas. Sujo de gente ruim. Usado e abusado por homens-demônios. Realmente feio. Nojento. Repulsivo assim como aqueles que dele se utilizaram para fazer, com certeza, coisas não-boas.

Nunca haviam levado de mim nem um vale-transporte. É humilhante estar só e descalça no meio da rua, após sofrer esse tipo de coisa. É frustrante pedir para um policial deixar você descer na porta da delegacia e ele alegar que ali é área apenas da polícia. Pior é questionar o fato de poder sofrer outro roubo e ouvi-lo dizer ali, na sua fuça: "aí já não é problema meu". Assim, seca e sadicamente. Odeio bandidos. Igualmente odeio também a nossa polícia.

Hoje é sexta-feira. Recebi o tão esperado netbook. Posso voltar a escrever a hora em que bem entender. Posso compartilhar dores e alegras aqui, onde eu descarrego o que não me deixam falar. A semana acabou como se tivessem retirado um piano de cauda das minhas costas.

Amanhã tenho o show da Diva Winehouse. Estou ouvido Janelle Monáe. Lembro dos olhos dele. Do cheiro dele. Do toque que gela meu sangue dentro das veias e que me faz esquecer que a existência é tão miserável.

Estou viva.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

I will survive

Estou viva. Estou disposta. Voltei para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

Aguardem. Posts reveladores virão!