terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sem Título

Eu não gostaria de tê-lo aos meus pés. Não sou assim.

Não penso em submissão, sob qualquer hipótese, de nenhuma das partes envolvidas nesse processo.

Penso apenas em algo diferente. Penso num envolvimento sem marcas, sem lembranças, sem passado. Tudo o que faz desse momento o que ele verdadeiramente é hoje ficaria trancado em alguma gaveta. A ser aberta num futuro longínquo, para que não corrêssemos o risco de que cicatrizes fossem reabertas.

O grande mal é que houve um passado com cicatrizes. Houve expectativas, houve muito sentimento guardado, esperando a oportunidade de ser exposto.

Hoje todo esse sentimento guardado vem talvez com gosto de "cobrança". Eu me cobro e eu cobro muito. A mim, a "outrem".

Fato é que nunca nada foi-me prometido. Então por que é que eu espero tanto? Espero tudo, e espero em demasia.... quero cheiro, quero toque, quero pele, quero abraço, quero apenas um telefonema... "você está bem?", é o que eu quero. Por que é que eu não tenho? É tanto? Penso que pode ser, em se tratando de quem se trata. Mas não é, sabem? A verdade é que nunca foi muito.

Posso "cobrar"? Não posso! Quem sou eu? O que sou eu? Sou alguém que, de vez em quando, parece fazer alguma diferença. E isso mata. Mata sentimentos guardados, mata esperanças. Será que mata o amor? Será que mata almas?

Eu ainda penso demais nas coisas... por que eu penso tanto nas coisas, meu Deus?

Ronaldo se despediu hoje do futebol. Eu ainda sinto muito. E sentirei absurdamente por muito tempo. Tavez coisas assim importem mais que o meu sentimento guardado e a minha dificuldade em expressar amor ou desejos. Ou até minha expressão exagerada demais de todas essas coisas.

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