segunda-feira, 28 de março de 2011

Think about it.

Estava aqui, sem pensar em nada, trabalhando, zapeando, tentando achar alguma coisa um pouco mais útil para fazer. Encontrei algumas matérias sobre o suicídio da atriz e escritora Cibele Dorsa, conhecida como a "Cindy Crawford brasileira". Não entendi, mas a tal notícia mexeu comigo. Primeiro fiquei surpresa, depois um tanto assustada. Moça jovem (36 anos), com dois filhos entrando na adolescência, sobrevivente de um acidente de carro, em que seu melhor amigo acabou falecendo... E abalada psicologicamente pela perda, no início do ano, daquele a quem ela chamou de "o melhor homem que já conheci em vida". Com 27 anos e de casamento marcado, o rapaz se atirou da janela do 7º andar do prédio em que morava com Cibele. A mesma janela da qual ela, em menos de 3 meses, também se jogaria. Para "reencontrar" o seu amor. Amor que denominou como o de um "Romeu e Julieta pós-moderno". E é aí, amigo que porventura lê este blog, que eu pergunto: por quê? Não sei se é a pergunta correta. Sei menos ainda se existem respostas para ela. Não me entendo com a necessidade de saber. Mas por quê a morte andou tão perto dela, sem ceifá-la antes que a sua própria vontade o fizesse? Por quê esse amor meio louco, meio descontrolado, por um cara que tinha problema com drogas e com quem vivia se desentendendo (ok, essas coisas não têm explicação mesmo...)? Por quê esquecer tudo e morrer em nome desse amor? Já ouviram falar em "mal do século"? Sim, foi o mal do século passado. Mas também é desse e muito possivelmente será dos outros, e dos outros... Foi pauta de uma conversa nesse final de semana. E foi tema de muitas outras conversas ao longo de vários anos, na mesa do almoço. Não sei se é isso que norteia o tal caso da Cibele Dorsa. Não vejo, no entanto, outra explicação. Alguém cujo desespero é tamanho, a ponto de atirar-se da varanda de casa rumo à morte, não pode padecer de outro mal que não esse. Minhas explicações aqui estão longe da psicologia ou da psiquiatria. São meramente presenciais. Fui testemunha e vítima desse mal. Consegui perceber o quanto é corrosivo. E muitas vezes letal. Mas continuo essa prosa num outro post, porque agora eu necessito é dos braços macios de Morpheus.

Um comentário:

Jackie Costa disse...

Tentei diagramar o texto de modo que ele não parecesse um bloco de concreto letrado.

Percebam o quanto foi em vão...