segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Summer Soul Festival

Vamos falar de festivais. Aliás, vou falar do primeiro a que estive presente e, sem dúvida, do MEU show do ano. Vamos falar de Amy Winehouse.

Na abertura do Summer Soul em SP (que qse ninguém citou): Miranda Kassin & André Frateschi. Chamaram a responsa pra si e fizeram uma abertura MUITO digna, com direito à versão de "Toxic", da Britney Spears, com levada Soul. DEMAIS! Os caras (e sua banda corretíssima, com vocais incríveis) fizeram de tudo... levantaram a galera com covers de Doors, Bowie, Depeche Mode, Ed Cobb (Tainted Love, q eu adoro na voz do Marilyn Manson)... Não sabia q além de bom ator, o Frateschi tb tem aquele puta vozeirão!

Depois veio a banda Instituto (até então completamente desconhecida por mim) e trouxe um mix de black music com elementos de hip hop, rap, soul, funk e eletrônico. Thalma de Freitas (tb atriz), Céu e Emicida fizeram participações. Sinceramente, depois de ter me acabado de dançar com a banda do Frateschi, curti mesmo o Emicida (outro de quem eu só tinha ouvido falar). O cara é ÓTIMO e deu uma animada em quem estava mais paradão...

Depois veio o MARAVILHOSO Mayer Hawthorne e suas baladas doces, dançantes, sensuais e - piada interna - de striptease! Fiquei várias vezes emocionada e querendo abraçar ursinhos imaginários durante o show desse nerd (adoooro) dono de uma das vozes masculinas mais gostosas que já ouvi!

Estava me sentindo em um show próprio da Motown... e então ela veio ao som de "I Want You Back". O apelido "furacão" não é suficiente. Janelle Monáe é ALGO. Uma cantora excepcional, em total ascensão, com presença de palco e interação com a banda e público de deixar a Arena Anhembi de boca aberta.

Ouvi comentários do tipo: 'nossa, mas ela grita demais!', ou 'ah, não conheço nenhuma música dessa menina', ou 'Me poupe! Ela vai pintar um quadro no palco? Cai fora, eu quero é a Amy!'... mas ao encarnar um espírito meio Jimi Hendrix, meio James Brown, meio Micheal (ela até dançou Moonwalk e eu quase caí dura no chão!), meio nada disso e SIMPLESMENTE Janelle, a galera pirou.

O show todo parecia um musical da Broadway. Em sua última canção, "Come Alive", a garota balançou e pulou tanto que desmanchou seu famoso topete. Descabelada e com olhos arregalados, Monáe saiu de cena como alguém que voltará logo, para quebrar tudo e ser a atração principal de mais um show inesquecível!

Cansada, com os pés doloridos até não poder mais, faminta e sedenta, esperei. Esperamos. Ansiosamente. Teve gente que achou que choveria. Eu disse desde o início que não ia chover. Teve gente que achou que ela não viria... Houve atraso, empurra-empurra, lágrimas aos litros. E houve uma Amy sorridente, simpática, emocionada (qse chorou ao ver todas as mãos erguidas e ao ouvir um coro afinadíssimo acompanhando a sua perfeita 'Back to Black'), espirituosa... Amy. Sobretudo uma Amy supreendente que cantou minha 'Wake Up Alone' (não havia cantado nos outros shows) e não errou a letra de 'Boulevard Of My Broken Dreams'. Música inspiradora, aliás.

Imagino que o show não deva ter agradado a todos. Pelo atraso, pela estrutura porca da Arena, pelo valor obsceno das comidas e bebidas, porque muitos estavam ali por uma "Rehab" ou, no máximo, por uma "You Know I'm No Good"...mas, pra mim, ao fim do show eu só pude olhar pro céu e dizer: "obrigada Deus! Estou viva pra ver isso hoje e moro em São Paulo, onde a divina Amy fez o melhor show da sua turnê!".

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