Deveria ser um dos títulos da saga "Crepúsculo". Who Cares? É da minha.
Peguei, enfim, meu tão aguardado carrinho. Cheiroso, vermelho, lindo de morrer. Estou adorando curti-lo no banco do carona. Tem sido.... bom.
Tirando isso e a ansiedade passada, venho aqui dizer que estou completamente imersa na tal leitura pop do momento. Como uma adolescente desvairada e sem perspectivas, tenho Edward Cullen povoando meus sonhos dia-a-dia.
Mas tudo tem uma razão e um porque.
Há muito, muito tempo atrás, eu conheci um vampiro.
Larga de ser idiota, Jaqueline! Podem bradar à vontade, mas eu sei o quê e quem me faz pensar assim.
Não sou nenhuma Bella Swan, mas o que eu senti naquela época parece ter saído exatamente de seus pensamentos juvenis, apaixonados e confusos...
O fato é que a descrição é a mesma: um moço muito branco. Gélido. Pálido e encantador, indecifrável, intocável. Misterioso. Com cabelos que não eram propriamente da cor de bronze, nem desgrenhados, eram até cômicos... mas que exerciam algum fascínio sobre mim. Os olhos eram claros. Ao sol, principalmente, tendiam a cor de esmeralda. Acho que não mudavam de tonalidade, mas de "intensidade": às vezes curiosos, às vezes céticos. Às vezes doces ou furiosos. Penetrantes ou indiferentes. Eram lindos...
Não posso dizer que o rapaz era a personificação de Eros, mas ele tinha sim a sua beleza e charme. O suficiente para me paralisar e me deixar sem ar. Sempre e diariamente, até eu não aguentar mais. Sua presença doía. Porque eu sabia que simplesmente não podia tocá-lo. E assim foi durante toda a nossa "história". Ele sorria um sorriso perfeitamente branco, caninos lapidados num pontiagudo que dava medo. Juro! Seus caninos eram sim chamativos.... só agora me vem à mente com mais clareza.
É impossível que não fosse uma dessas criaturas imortais, que fincam estacas de diamante em nossos corações e depois desaparecem, num lampejo de egoísmo e sordidez.
O que ficou daquele tempo foi um desejo imenso do toque que nunca existiu, do afago que jamais aconteceu e da história de amor que nunca vivemos...
Ele só podia ser mesmo um vampiro.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Aurora
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